Nos dias atuais os desafios ambientais estão, cada vez mais, urgentes e presentes no nosso cotidiano!

Quintal Orgânico Itinerante é uma proposta de ação que pretende contribuir difundindo por espaços educativos, culturais e associativos as práticas ecológicas da compostagem, do plantio saudável de plantas comestíveis, medicinais, ornamentais, da reutilização de materiais descartados, da incorporação de uma alimentação saudável, da arteducação ambiental, entre outras.


Não esperemos!

O QUINTAL ORGÂNICO ITINERANTE é uma gota no oceano mas também é a possibilidade de começar a fazer diferente. Separe o lixo, faça compostagem, plante uma árvore, cumprimente seu vizinho, componha um samba...





Web rádio - Quint@l Orgânico

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Michael Löwy critica Rio+20 e a propaganda da 'economia verde'

Pesquisador diz não esperar nada da cúpula e critica a 'economia verde'


Em junho, o Brasil sedia a Rio+20, a cúpula mundial de meio ambiente, um dos temas da edição 180 de Caros Amigos, que está nas bancas. A cúpula já divide opiniões, como a do pesquisador Michael Löwy, um dos entrevistados da reportagem publicada na revista.


Confira abaixo pequeno trecho da entrevista de Löwy, feita pela jornalista Bárbara Mengardo. Leia a reportagem completa sobre a Rio+20 na edição nas bancas.


CA - Em comparação a 1992, a sociedade está muito mais ciente da necessidade de proteção do meio ambiente. Esse fato poderá influir positivamente nas discussões da Rio+20?

ML -Esta sim é uma mudança positiva! A opinião pública, a "sociedade civil", amplos setores da população, tanto no Norte como no Sul, está cada vez mais consciente de necessidade de proteger o meio ambiente - não para "salvar a Terra" - nosso planeta não está em perigo - mas para salvar a vida humana (e a de muitas outras espécies) nesta Terra. Infelizmente, os governos, empresas e instituições financeiras internacionais representados no Rio+20 são pouco sensíveis à inquietude da população, que buscam tranquilizar com discursos sobre a pretensa "economia verde". Entre as poucas exceções, o governo boliviano de Evo Morales.


CA - Como a destruição do meio-ambiente relaciona-se com a desigualdade social?

ML -As primeiras vítimas dos desastres ecológicos são as camadas sociais exploradas e oprimidas, os povos do Sul e em particular as comunidades indígenas e camponesas que vêem suas terras, suas florestas e seus rios poluídos, envenenados e devastados pelas multinacionais do petróleo e das minas, ou pelo agronegócio da soja, do óleo de palma e do gado. Há alguns anos, Lawrence Summers, economista americano, num informe interno para o Banco Mundial, explicava que era lógico, do ponto de vista de uma economia racional, enviar as produções tóxicas e poluidoras para os países pobres, onde a vida humana tem um preço bem inferior: simples questão de cálculo de perdas e lucros.